terça-feira, 12 de novembro de 2013

História: Perdida

Essa é uma história original escrita por mim, fala sobre uma garota que sofre com a morte de seu pai mas encontra um amor que a consola, porém esse amor é uma coisa que pode condena-lá para sempre. Se você leu e gosto por favor comente, ficarei feliz em saber: ;D

Perdida



‘’As águas da praia batem na rocha
O vento sussurra contra mim
E o céu, chove ao se deparar com minha presença...’’

O caixão descia sobre a terra que iria cobri-lo, a dor de sua família era grande e Emily sofria muito por perder a pessoa que mais, amava e a compreendia, seu pai. Passou se um mês e sua mãe ainda não tinha superado, Tânia tratava Emily como um lixo, como um saco de pancadas, e sem seu pai para protegê-la era difícil ter alguma razão para viver ou ser feliz.
Emily e sua mãe moravam na costa leste da Califórnia onde a maré subia como em nenhum outro lugar, e todas as tardes Emily ia em frente a praia jogar pétalas de margarida em homenagem ao seu pai, pois lembrava que foi a primeira flor que ele deu quando Emily ainda era apenas uma criança. A cada pétala que jogava uma lagrima descia de seu rosto branco e pálido e percebeu que sua dor nunca ia passar até que um dia isso tudo mudou.
Ela sentiu uma mão tocar em seu ombro, e não evitou olhar para ver quem era e se deparou com um garoto alto, branco, de cabelo preto e com uma franja que cobria metade do seu rosto. Ele olhou profundamente pra ela com seus olhos acinzentados e foi acariciando o seu rosto, Emily não sabia quem era ele e nem porque estava sendo tão gentil com ela, mas gostou da atitude e precisava muito de um ombro pra chorar e não evitou as lagrimas mesmo diante do garoto e chorou nos braços dele.
Os dois se tornaram grandes amigos até que depois de muito tempo, se tornaram mais do que amigos, Tânia acabou reparando no comportamento diferente de Emily e queria saber o que houve. Então, ‘’carinhosamente’’ foi-se a perguntar:
- Filha, você tem andado um pouco diferente esses dias, o que houve?
- Diferente? Isso é bom?!
- Eu acho que sim, mas queria saber o motivo da sua felicidade
- Bom... eu conheci um garoto.
- Garoto? Que garoto?!
- O nome dele é Ben Roody
- Eu nunca ouvi falar de nenhum Ben por aqui – e Tânia mudou sua expressão, fez uma cara de chocada e disse agressivamente:
- Ah meu Deus, você esta ficando igual seu pai
- Meu pai? O que tem ele?
- Não, com você não! Quer ter o mesmo destino que ele? sua louca.
- Como assim? O que isso tem haver com o destino?!
- Nem queira saber, mas esqueça agora essa história, se não terei que te castigar
- Mãe!
- Nem mais uma palavra! – E  a conversa das duas termina em mais uma briga
Emily não consegue entender o porquê de sua mãe ser tão cruel com ela, e não entendeu o que ela quis dizer com destino mas nem sua mãe podia atrapalhar o que ela sentia por Ben. No dia seguinte Emily queria apresenta-lo a sua melhor amiga Penélope e falou com Ben, ele não achou uma boa ideia, disse que ela não o enxergaria, Emily não entendeu do que Ben estava falando e insistiu nisso. Quando chegaram na casa de Penélope as duas começaram a conversar até que Emily convidou Ben para entrar:
- Amiga, quero que conheça Ben Roody a pessoa que me faz feliz.
- Mas cadê ele?
- Bem na sua frente
- Chame para entrar
- Mas ele já esta aqui dentro
- Onde?
- Ele esta na sua frente
- Mas,... eu não vejo nada, você enlouqueceu? – Emily ficou abismada por Penélope não vê-lo e ficou com um monte de duvidas, se Ben era invisível, ou era um fantasma ou pior, que fosse apenas um fruto da sua imaginação mas Ben explicou tudo a ela em apenas uma palavra:
- Espírito
- Você é o que? – disse Emily confusa
- Eu sou o espírito que vive dentro de você, aquele no qual um dia iria despertar para te fazer feliz, eu sou como sua salvação, eu me transformo na minha própria perdição.
- Como assim?
- Enquanto eu viver para você, nunca poderei ser livre, a menos que... – a conversa foi interrompida com o chamado de sua mãe
- Emily, venha aqui agora. – curiosa com o tom amigável que não ouvia a anos, e assombrada com a ideia do amor de sua vida ser seu próprio espírito não viu hora melhor para correr pros braços de sua mãe.
- Filha,quero que conheça Frederick
- quem é esse?
- Seu futuro marido, eu preciso que você se liberte dessa maldição antes que você acabe morta debaixo da terra como seu pai. – as palavras de Tânia doíam mais do que uma facada no peito, Emily encheu os olhos de lagrimas e com muita tristeza disse:
- Como você pode ser tão fria comigo? Não entende? Vai muito alem disso, e do que a senhora esta falando com maldição?! – Tânia engoliu em seco pediu para Frederick sair, e com muita calma falou:
- Filha, sente aqui. – e com muita calma começou a revelar a verdade. – esse garoto que você vê e sente, seu pai tinha esse mesmo sintoma, mas ele nunca me contou, era um antigo amor dele que morreu mas o espírito da mulher ficou aprisionado nele, os dois tinha uma relação maior do que a que eu tinha com ele, já chegaram até a fazer amor, e entre outras coisas juntos.
- pera ai, estou confusa, então Ben é um antigo amor meu? Mas eu nunca amei ninguém, como assim?!
- no caso dele seria seu primeiro e único amor mas ele vai te aprisionar para a eternidade
- mas eu quero ficar com ele na eternidade
– e foi nesse momento em que Tânia perdeu a calma, mudou seu olhar e ficou nervosa: - você não entende é muito mais do que isso, esse espírito vai te amaldiçoar assim como fez com seu pai ELE MORREU POR CAUSA DISSO, você vai se libertar dessa coisa nem que eu tenha que contratar uma mística para isso.
- Não mamãe, ele morreu por que a senhora não soube ser mulher pra ele, e até um espírito fez ele mais feliz do que a senhora o fez.
- Cale a boca
- Qual é o problema? Não consegue aceitar a verdade?
- a verdade Emily... é que eu odeio você por ser filha dela.
filha dela. – um choque, uma revirada na situação, naquele momento Emily se sentiu sem chão, sem pai e nem mãe, mas descobriu o motivo de muitas coisas; o motivo de sua mãe a tratar como lixo, de não ama-la, o motivo de se sentir uma órfã dês de que seu pai morreu, o motivo de se sentir sozinha. Como se já não bastasse Tânia continuou a falar:
- Ele não morreu por causa dela, ele morreu ao saber que sua mãe já estava morta há anos. Ele morreu por saber que você não é minha filha é filha daquele espírito maldito. – Emily não pode suportar a dor e saiu correndo de sua casa, foi para o precipício, jogou-se no chão e começou a chorar. Como sempre Ben apareceu atrás dela, colocando suas mãos sobre suas costas e a consolando, Emily olhou para ele e disse:
- Você tem razão, eu preciso te libertar, dessa vez eu me condeno a minha própria morte.
- Não se preocupe, você me vera do outro lado.
- Eu te amo Ben
- Eu também te amo Emily
Então de costas ao precipício, Emily derramou sua ultima lagrima, fechou os olhos e pensou em seu pai e se jogou. O desprezo a sua vida foi tão grande que não teve aquela sensação de ver sua vida inteira passando diante dos seus olhos e acabou.
Ela acordou, viu uma camada de luz branca, percebeu um casal se aproximando dela era seus pais, Emily finalmente sentiu-se feliz como nunca, abraçou os dois e atrás deles viu o seu grande amor, Ben. Finalmente Emily era como ele um simples espírito pairando sobre o horizonte, nunca se sentia tão feliz de ter as pessoas que amava do seu lado, e desejava que essa felicidade durasse para toda a eternidade e vai durar.




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